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O 3º GAAAe, Grupo de Artilharia Antiaérea, iniciou sua trajetória do Rio Grande do Sul em 7 novembro de 1925, quando suas instalações deram abrigo a 10ª Exposição Municipal, Agrícola, Industrial e Artística no Quartel Federal de Caxias. Esse pavilhão ainda estava em construção, quando as maiores empresas locais expuseram seus produtos nos setores da vitivinicultura, metalurgia, tecelagem, madeira e alimentação. Caxias completava 50 anos de fundação e de colonização italiana no Rio Grande do Sul e cinco anos mais tarde, essas exposições dariam lugar a Festa Nacional da Uva. Em 1927, o quartel foi inaugurado com a presença do 9º Batalhão de caçadores, transferido de Pelotas. o histórico 9º Batalhão de Caçadores, Unidade de Infantaria que ofereceu muito de seus soldados ao
contingente da FEB. Vinte e três anos depois, com o Decreto nº 28.390-A, de 17 de julho de 1950, o 3º Grupo de Canhões Automáticos Antiaéreos 40 mm teve sua denominação mudada para 3º Grupo de Artilharia Antiaérea. Em abril de 2001, o Comandante do Exército “na relembrança da missão pacificadora do então Brigadeiro Luís Alves de Lima e Silva – Barão de Caxias, quando da Revolução Farroupilha, que lhe valeu, em 1845, o título de Conde, sob o qual presidiu, pela segunda vez, a Província do Rio Grande do Sul, em 1851/1852, pela ocasião das Campanhas contra Oribe e Rosas”, concedeu ao 3º GAAAE a denominação histórica de “Grupo Conde de Caxias”. Foi instalado oficialmente a 1º de setembro de 1950, já com a primeira turma de recrutas incorporados a 27 de janeiro de 1950, pertencentes a classe de 1931, uma vez que o aquartelamento já existia.
O primeiro comandante da Unidade foi o Cel Arcy da Rocha Nóbrega, que desenvolveu intenso trabalho de recuperação e remodelação do aquartelamento, secundado por um poderoso grupo de Oficiais e Sargentos. Seu entrosamento com a sociedade civil tornou-o merecedor do título de “Cidadão Honorário de Caxias do Sul”. Foi o primeiro e único militar, até a presente data, a merecer tal honraria. Em solenidade pública, na parada cívico-militar de 07 de setembro de 1950 e como ato culminante das solenidades da Semana da Pátria, antes da extinção do fogo simbólico, a cidade ofereceu um exemplar da Bandeira Nacional à nova Unidade. Cumprindo sempre sua missão específica, o 3º Grupo incorporou anualmente, ao longo destes 46 anos, contingente de recrutas formados por jovens da região e, posteriormente, apenas por residentes em Caxias do Sul. São cerca de 12.000 reservistas de 1ª categoria formados pela Unidade. Nestas tarefas da rotina da vida castrense alguns fatos se destacam sobremodo pelo pioneirismo. Em 28 de outubro de 1952, foi realizado o 1º tiro terrestre contra balonetes fixos, pelos Canhões BOFFORS de 40mm de que a Unidade era dotada. No ano seguinte, a 12 de abril de 1953, pela primeira vez nos céus do Rio Grande do Sul, realizou-se um exercício de Tiro Real Antiaéreo sobre alvo rebocado por avião. Este fato ocorreu nos campos de Vacaria, precedido por um difícil e meticuloso trabalho de Estado Maior, deslocando a população da área e até o gado solto nas fazendas. Este fato é inédito no Brasil, uma vez que tais exercícios sempre foram realizados na orla marítima, para maior segurança e maneabilidade.
A Artilharia Antiaérea Foi instalado oficialmentea 1º de setembro de 1950, já com a primeira turma de recrutas incorporados a 27 de janeiro de 1950, pertencentes a classe de 1931, uma vez que o aquartelamento já existia. do Brasil, através da nova Unidade instalada em Caxias do Sul, dava uma lição de maturidade e de preparo técnico-profissional de seus Oficiais e Graduados. A participação do 3º Grupo na vida da cidade é cada vez mais marcante e sempre presente, seja através de sua Escola Regimental, nos primeiros anos, alfabetizando grande número de jovens que somente poderiam receber o certificado de reservista de 1ª categoria, se alfabetizados fossem, seja através de outras atividades cívicas. Uma delas foi a visita do Presidente da Itália, Giovani Gronchi a 13 de setembro de 1958, oportunidade em que o 3º Grupo foi agraciado pelo governo italiano com duas condecorações: “ La Medaglia D Argento Riccordo” e “ La Medaglia di Bronzo Riccordo”. No ano seguinte, numa iniciativa da ECEME, através do CTG Rincão da Lealdade, a Unidade entendendo que o busto deveria ocupar lugar de destaque colocou-o à disposição de uma Comissão Especial que buscou recursos na comunidade e erigiu o monumento ao Duque de Caxias, na praça central uma vez que, embora ostentando o nome de Caxias, a cidade ainda não o homenageara. O Movimento pela Legalidade, desencadeado em 1961 com a renúncia do então Presidente da República exigiu o deslocamento do 3º Grupo para Porto Alegre, cumprindo missão de defesa aérea da Capital do Estado. Já em 1964, com a deflagração da revolução de 31 de março, o Grupo permaneceu em Caxias do Sul, em “Ordem de Marcha”. Foram dois momentos marcantes no comportamento absolutamente profissional de seu Comando, Oficiais e Praças. Os anos seguintes, até os dias atuais, foram marcados por duas situações que merecem destaque: o profissionalismo, retemperado a cada novo contingente de conscritos incorporados, e a dinâmica da Unidade nas mais variadas atividades no meio civil. A realização das múltiplas ACISO (Ações Cívico Sociais) possibilitando atendimento médico, odontológico e de orientação familiar a milhares de famílias carentes; a presença nos eventos marcantes da região, tais como nas Festas da Uva e muitas outras ocasiões como nas Festas de Otávio Rocha, na Canção da Vindima de Flores da Cunha, etc… são atestados eloqüentes dessa atuação.
Também foi destaque, neste período a instalação do NPOR (Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva) em 1971 e a matrícula da primeira turma de alunos em 1972 com a formação de Os anos seguintes, até os dias atuais, foram marcados por duas situações que merecem destaque: o profissionalismo, retemperado a cada novo contingente de conscritos incorporados, e a dinâmica da Unidade nas mais variadas atividades no meio civil. Em 1978 a Unidade recebeu o Sistema 35mm da OERLIKON CONTRAVES, o que possibilitou uma defesa mais eficaz contra os modernos vetores aeroespaciais hostis. oficiais da reserva da segunda classe. Nestes 25 anos de atividades, foram formados aproximadamente 720 oficiais R/2 de Artilharia, boa parcela deles especializados em Antiaérea já que o NPOR local é um dos únicos dessa especialidade no Brasil. Simultaneamente a formação de reservistas e de Oficiais R/2, o 3º Grupo nunca descuidou do preparo de seus homens para o retorno a vida civil, após o cumprimento do serviço militar inicial, proporcionando-lhes, com o apoio do SENAI, do SENAC, do SENAR do Círculo Operário Caxiense e de empresas industriais de Caxias do Sul, uma formação profissionalizante. Em 1978 a Unidade recebeu o Sistema 35mm da OERLIKON CONTRAVES, o que possibilitou uma defesa mais eficaz contra os modernos vetores aeroespaciais hostis. Atualmente, o Grupo é orgânico da 1ª Bda AAAe e constitui-se em elo permanente do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileira. Por estas razões e por muitas outras mais que dignificam e honram uma instituição militar, o 3º GAAAe constitui-se num dos baluartes da construção da história desta Comunidade. No ano de 2004, como parte da reestruturação da Artilharia Antiaérea do Exército, o Grupo transferiu seu material 35mm Oerlinkon e CDT Super Fledermaus para o 1º GAAAe (Rio de Janeiro), recebendo o Can Au AAe 40mm Bofors L70, Equipamentos de Direção de Tiro Fila e mísseis Igla.
Dessa forma, passam pela história do 3º GAAAE:
1. A história da Festa da Uva, onde o local foi um dos precursores.
2. A Avenida Rio Branco, onde se localiza, é a Estrada Visconde
do Rio Branco, por onde passaram os imigrantes italianos para
colonizar o então Campo dos Bugres, hoje Caxias do Sul;
3. Seus integrantes, no então 9º Batalhão de Caçadores, integraram
a FEB – Força Expedicionária Brasileira, na 2ª Guerra
Mundial;
4. O pioneirismo na artilharia anti-aérea no Brasil;
5. É o 1º tiro terrestre contra balonetes fixos, pelos Canhões
BOFFORS de 40mm de que a Unidade era dotada.
6. No ano seguinte, a 12 de abril de 1953, pela primeira vez nos
céus do Rio Grande do Sul, realizou-se um exercício de Tiro
Real Antiaéreo sobre alvo rebocado por avião.